No convívio dos apreciadores de plantas, é muito comum os intrigantes surgimentos de plantas dividindo espaços em jarros, canteiros de jardins, ... As múltiplas justificativas para os motivos do surgimento de especies inesperadas exigem especulações afins, entre elas citamos a eventual presença de sementes nos próprios substratos ou via mecanismos naturais de dispersão.
Para contribuir com com informações mais formais, citamos alguns tipos de dispersões de plantas.
O conjunto de processos pelos quais sementes e frutos são dispersos ou transportados, à maior ou menor distância da planta-mãe, é definido como síndrome de dispersão. Existem quatro principais grupos de síndromes:
2) Anemocoria - síndrome cujo principal agente dispersor é o vento;
3) Autocoria– as sementes são dispersas pelas próprias plantas, em que os frutos se abrem por deiscência explosiva e lançam as sementes e
4) Barocoria – dispersão realizada apenas pelo peso do diásporo e por ação da força gravitacional.
Uma destas recentes contribuições foi o surgimento desta pariparoba, obviamente uma identificação a posteriori. Costumo me dedicar a identificação prévia à postagem sobre a mesma. Este exemplar surgiu em um jarro, junto a uma "pata-de-elefante" e especulo que teve origem no substrato adicional, muito comum. O substrato era composto de palmeira de babaçu. Informo que mudei a planta pois costumamos evitar competições, sobretudo disputando espaços restritos como ocorrem nos jarros.
Aguardei a especie se desenvolver para acompanhar a evolução e facilitar a identificação fornecendo imagens e características aos demais colegas em grupos de redes sociais ou, esporadicamente, comentando pessoalmente com colegas, situações mais incomuns atualmente pelo isolamento social exigido. Contudo, indo buscar uma encomenda, uma conhecida comentou brevemente sobre uma planta que nascia na área livre da residencia e que tinha conservado porque era diferente e despertava um certo grau de curiosidade. Esta planta, era coincidentemente da mesma que comentamos. Mas conforme podem conferir nas imagens abaixo capturadas na ocasião e em grau de desenvolvimento bem superior a que eu tinha, já apresentam frutos, ou seja, percebemos que não alcança um porte muito elevado.
Com a ajuda de colegas e a dedicação à pesquisa, conseguimos não só identificar, como também perceber diversas qualidades para as quais destacamos as contribuições para o campo da medicina fitoterápica.
O site greenmel, relata:
"Bom, há duas espécies que são chamadas de pariparoba ou caapeba, seu nome indígena. São estas a Piper umbellatum, nativa da Mata Atlântica e Piper peltatum, na Mata Amazônica, também conhecidas como Pothomorphe umbellata e P. peltatum – estas são espécies correlatas em uso medicinal popular, como se comprova por este estudo da Fiocruz.
As variadas denominações da planta também podem ser conferidas no site Coisas da Roça onde cita:
"Pariparoba (Piper umbellatum) é de origem americana, sendo muito popular na América Central; além de conhecida popularmente por caapeba, catajé, capeua, capeba, caapeba, pariparoba-do-mato, pariparova e periparoba."
Para quem desejar se dedicar a leitura e aprofundar conhecimentos sobre a mesma, deixamos aqui algumas sugestões. Aos interessados, destacamos que as leituras serão certamente proveitosas, pois o universo de indicação para uso medicinal da planta é amplo e muito requisitado, sobretudo em nossa região.
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